GDF investe R$ 139 milhões na construção de mais sete UPAs



Novas unidades de pronto atendimento, do tipo III, serão erguidas em Água Quente, Arapoanga, Guará, Sol Nascente, Estrutural, Taguatinga Sul e Águas Claras


Por Ian Ferraz e Thaís Miranda, da Agência Brasília | Edição: Vinicius Nader

Com o objetivo de ampliar a cobertura de saúde, o Governo do Distrito Federal (GDF) publicou nesta sexta-feira (30) o aviso de licitação para a construção de sete novas unidades de pronto atendimento (UPAs). O investimento alcança a marca de R$ 139 milhões, e os equipamentos de saúde visam fortalecer a rede de atendimento em diferentes regiões.

As novas unidades serão distribuídas estrategicamente nas cidades de Água Quente, Arapoanga, Guará, Sol Nascente/ Pôr do Sol, Estrutural, Taguatinga Sul e Águas Claras, e nenhuma delas dispõe de UPA atualmente. A medida atende a crescente demanda por serviços de saúde em regiões com grande densidade populacional.


As novas UPAs terão leitos do tipo adulto e do tipo pediátrico para atendimentos de emergência e urgência | Foto: Renato Alves/ Agência Brasília

As novas UPAs terão leitos do tipo adulto e do tipo pediátrico para atendimentos de emergência e urgência. As estruturas contarão, ainda, com Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF), laboratório de análises clínicas, recepção e área de acolhimento e espera de pacientes, banheiros, fraldário, ambiente para triagem de pacientes, sala para atendimento de serviço social, ambiente de espera de pacientes internos, sala de coleta de sangue e raspagens, sala de curativos, sala de exames, sala de procedimentos, brinquedoteca, consultórios, sala de raio-X, ambiente para nutricionista, depósito de materiais, copa, refeitório, entre outros. Os projetos podem sofrer alterações durante o processo de licitação e construção dessas unidades

Durante agenda nesta sexta-feira (30) no Sol Nascente/Pôr do Sol, o governador Ibaneis Rocha falou sobre as novas UPAs e a transferência da administração do Hospital Cidade do Sol, em Ceilândia, para o IgesDF.


Com as novas UPAs, o GDF aproxima ainda mais os equipamentos de saúde da população | Foto: Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília

“Nós tivemos um problema na primeira licitação, o Tribunal de Contas paralisou, pediu alguns ajustes, nós resolvemos refazer esses editais todos e a gente quer, juntamente com as UPAs, as unidades básicas de saúde e os novos hospitais que serão construídos, resolver definitivamente o problema da saúde no DF”, afirmou Ibaneis Rocha.

Segundo o secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo, com as novas UPAs, o GDF aproxima ainda mais os equipamentos de saúde da população, evitando que as pessoas precisem se deslocar longas distâncias para atendimento. O gestor também destaca que a escolha das cidades seguiu critérios técnicos.

“O sistema de saúde funciona como um funil: tudo começa nas unidades básicas de saúde, que atendem as famílias; depois, os casos são encaminhados para as UPAs e, em seguida, para os hospitais gerais e especializados. Esse funil precisa operar de maneira fluida e contínua, e as UPAs desempenham um papel crucial nesse processo. A escolha das regiões para as UPAs não é aleatória; é baseada em estudos técnicos realizados pela Secretaria de Saúde”, disse.

“No primeiro lote de licitação, recebemos orientações do Tribunal de Contas e optamos por acatar todas as sugestões, como deveria ser. Fizemos um novo processo com a total integração dos órgãos envolvidos: IgesDF, Secretaria de Saúde, PGDF, assessoria jurídica do governador, e coordenamos esse grupo pela Segov. Estamos extremamente satisfeitos por ter conseguido cumprir o prazo estabelecido pelo governador para a publicação do edital”, acrescentou o titular da Segov.

Estrutura

As UPAs oferecem atendimento de urgência e emergência para problemas como pressão alta, febre, fraturas e cortes, além de realizar exames como raio-X e eletrocardiograma. Elas fornecem serviços de média e alta complexidade, atuando como um intermediário entre as UBSs e os hospitais. A prioridade no atendimento é determinada pela gravidade dos casos, não pela ordem de chegada.

Atualmente, o DF conta com 13 UPAs, todas administradas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF). Dessas, sete foram construídas por este GDF e entregues à população entre setembro de 2021 e fevereiro de 2022. Com investimento de R$ 50,4 milhões, elas ampliaram o atendimento à população em Ceilândia (segunda UPA da cidade), Paranoá, Gama, Riacho Fundo II, Planaltina, Vicente Pires e Brazlândia. Todas oferecem atendimento 24 horas com estrutura com aparelho de raio-X, eletrocardiograma, laboratório de exames e leitos de observação.

Confira o endereço das novas UPAs.

⇒ UPA Águas Claras Avenida Araucárias, Lote 2.075
⇒ UPA Água Quente: Quadra 01, Lote 02
⇒ UPA Arapoanga: Setor Habitacional Arapoanga, Etapa 3, Quadra Q10, Conjunto AE 5
⇒ UPA Estrutural: Área no Setor Habitacional Jóquei Clube, entre a DF-087, a DF-095, a DF 085 e o STRC
⇒ UPA Guará: SRIA – Guará (QI 23) – Lote 23
⇒ UPA Sol Nascente: EQNP 11/15 AE 1
⇒ UPA Taguatinga: Área pública próxima à QSE 16 de Taguatinga Sul.

* Colaborou Victor Fuzeira

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