Óculos de farmácia podem prejudicar a visão, alerta oftalmologista

 

Especialista explica as diferenças entre lentes genéricas e personalizadas e dá dicas para manter a saúde ocular em dia

A praticidade e o preço acessível dos óculos vendidos em farmácias atraem muita gente que busca uma solução rápida para enxergar melhor, principalmente na leitura. Mas, segundo especialistas, o uso desses modelos prontos pode trazer riscos à saúde ocular. O oftalmologista Antônio Sardinha, do Hospital de Olhos de Cuiabá, explica que as lentes genéricas não levam em conta o grau exato de cada pessoa, a distância entre as pupilas nem o formato do rosto — fatores essenciais para uma boa adaptação visual.

“Os óculos de farmácia são padronizados e não consideram as diferenças individuais. Isso pode causar dores de cabeça, tontura, visão embaçada e até piorar o desconforto visual com o tempo”, explica o médico. Ele lembra que, embora pareçam inofensivos, esses produtos não substituem uma avaliação oftalmológica. “Somente o exame feito por um especialista consegue identificar o grau correto e detectar possíveis doenças nos olhos, como catarata, glaucoma e alterações na retina”, reforça Sardinha.

Já os óculos feitos sob medida garantem uma adaptação personalizada e maior proteção. O paciente passa por uma avaliação completa, que define o grau exato, a curvatura da córnea e os hábitos visuais. Além disso, é possível escolher lentes com tecnologias específicas, como antirreflexo, filtro para luz azul e proteção contra raios ultravioleta. “Com um modelo individualizado, o paciente ganha conforto, nitidez e preserva a saúde ocular a longo prazo”, afirma o oftalmologista.

Para manter a boa visão, o médico recomenda adotar alguns cuidados simples: fazer pausas regulares ao usar telas, manter a iluminação adequada para leitura, usar óculos de sol com proteção UV e manter uma alimentação rica em frutas e vegetais, especialmente os que contêm vitamina A. Sardinha reforça ainda a importância da consulta anual com o oftalmologista, mesmo para quem não sente sintomas. “Muitas doenças oculares evoluem de forma silenciosa. A prevenção é o melhor caminho para preservar a visão e garantir qualidade de vida”, conclui.

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